sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O que faz um Cerimoniário na Santa Missa?


O Cerimoniário


Cerimoniário é o ministro, ordenado ou não, responsável pela organização das celebrações litúrgicas, entre elas a missa, na Igreja Católica. Para tal pode haver um, dois ou mesmo uma equipe de cerimoniários, sendo um deles o cerimoniário-mor e os demais cuidam de partes específicas da celebração. Não existe nenhuma necessidade de o cerimoniário, estar em preparação para o sacramento da ordem.

Funções
São funções do cerimoniário organizar as procissões sejam elas de entrada de saída, ou ainda procissões externas à Igreja. Também por e depor as insígnias episcopais(báculo e mitra), bem como o solidéu. Também segurar a casula do sacerdote celebrante nas incensações do altar, das oblatas, da cruz, círio pascal e imagens, caso não haja diáconos na celebração. É também dever do cerimoniário organizar coroinhas e acólitos. Durante a procissão do sanctus em direção ao altar, conduz o turiferário, o naveteiro e os ceroferários. E organiza-os de modo que o turiferário fique em 1º na fila ao lado do naveteiro. Atras a cruz e dos lados os ceroferários.

VesteO cerimonial dos bispos recomenda que o cerimoniário vista-se com batina e sobrepeliz. Para os cerimoniários que possuam o título de Prelado de Honra de Sua Santidade batina episcopal violácea, para os demais batina preta. Para todos faixa e clergyman.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Obrigado Senhor


Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Dia de Nossa Senhora de Lourdes 11 de Fevereiro de 2011

As aparições de Nossa Senhora de Lourdes começaram no dia 11 de fevereiro de 1858, quando Bernadette Soubirous, camponesa com 14 anos, foi questionada por sua mãe, pois afirmava ter visto uma "dama" na gruta de Massabielle, cerca de uma milha da cidade, enquanto ela estava recolhendo lenha com a irmã e um amigo.[1] A "dama" também apareceu em outras ocasiões para Bernadette até os dezessete anos.
Bernadette Soubirous foi canonizada como santa, e muitos católicos acreditam que suas visões seriam da Virgem Maria. A primeira aparição da "Senhora", relatada por Bernadette foi em 11 de fevereiro. O Papa Pio IX autorizou o bispo local para permitir a veneração da Virgem Maria em Lourdes, em 1862.
Em 11 de Fevereiro de 1858, Bernadette Soubirous foi com a irmã Toinette e Jeanne Abadie para recolher um pouco de lenha, a fim de vendê-la e poder comprar pão. Quando ela tirou os sapatos e as meias para atravessar a água, junto à gruta de Massabielle, ela ouviu o som de duas rajadas de vento, mas as árvores e arbustos não se mexaram. Bernadette viu uma luz na gruta e uma menina, tão pequena como ela, vestida de branco, com uma faixa-azul presa em sua cintura com um rosário em suas mãos em oração e rosas de ouro amarelo, uma em cada pé. Bernadette tentou manter isso em segredo, mas Toinette disse a mãe. Por essa razão ela e sua irmã receberam castigo corporal pela sua história.[2][3] Três dias depois, Bernadete voltou à gruta com as outras duas meninas. Ela trouxe água benta para utilizar na aparição, a fim testá-la e saber se não "era maligna", porém a visão apenas inclinou a cabeça com gratidão, quando a água foi dada a ela.[4]
Em 18 de fevereiro, ela foi informada pela senhora para retornar à gruta, durante um período de duas semanas. A senhora teria dito: "Eu prometo fazer você feliz não neste mundo, mas no próximo".[5] Após a notícia se espalhar, as autoridades policiais e municipais começaram a ter interesse. Bernadette foi proibida pelos pais e o comissário de polícia Jacomet para ir lá novamente, mas ela foi assim mesmo. No dia 24 de Fevereiro, a aparição pediu oração e penitência pela conversão dos pecadores. No dia seguinte, a aparição convidou Bernadette a cavar o chão e beber a água da nascente que encontrou lá. Como a notícia se espalhou, essa água, foi administrada em pacientes de todos os tipos, e muitas curas milagrosas foram noticiadas. Sete dessas curas foram confirmados como desprovidas de qualquer explicação médica pelo professor Verges, em 1860. A primeira pessoa com um milagre certificado era uma mulher, cuja mão direita tinha sido deformada em conseqüência de um acidente. O governo vedou a Gruta e emitiu sanções mais duras para alguém que tentasse chegar perto da área fora dos limites. No processo, as aparições de Lourdes tornaram-se uma questão nacional na França, resultando na intervenção do imperador Napoleão III, com uma ordem para reabrir a gruta em 4 de Outubro de 1858. A Igreja decidiu ficar completamente longe da polêmica.
Bernadette, conhecendo as localidades bem, conseguiu visitar a gruta à noite, mesmo quando vedada pelo governo. Lá, em 25 de março, a aparição lhe disse: "Eu sou a Imaculada Conceição" ("que soy era Immaculada concepciou"). No domingo de Páscoa, 7 de abril, o médico examinou Bernadette e observou que suas mãos seguravam uma vela acesa e mesmo assim não possuiam qualquer queimaduras.[6] Em 16 de Julho, Bernadette foi pela última vez à Gruta e relatou que "Eu nunca a tinha visto tão bonita antes".[6] A Igreja, diante de perguntas de nível nacional, decidiu instituir uma comissão de inquérito, em 17 de Novembro de 1858. Em 18 de Janeiro de 1860, o bispo local declarou que: "A Virgem Maria apareceram de fato a Bernadette Soubirous".[6] Estes eventos estabeleceram o culto mariano de Lourdes, que, juntamente com Fátima, é um dos santuários marianos mais freqüentados no mundo, ao qual viajam anualmente entre 4 e 6 milhões de peregrinos.
A veracidade das aparições de Lourdes não são um artigo de fé para os católicos.[carece de fontes?] Não obstante todos os últimos Papas visitaram este local. Bento XV, Pio XI e João XXIII foram quando ainda eram bispos, Pio XII, como delegado papal. Ele também declarou uma peregrinação a Lourdes em uma encíclica na comemoração sobre o 100º aniversário das aparições, completados em 1958. João Paulo II visitou Lourdes três vezes e o Papa Bento XVI concluiu uma visita lá em 15 de setembro de 2008 para comemorar o 150º aniversário das aparições em 1858.
==Posição da Igreja Católica==:D Em 18 de janeiro de 1862, Dom Laurence, bispo de Tarbes, deu a declaração solene: "Inspirados pela Comissão composta por sábios, doutores e experientes sacerdotes que questionaram a criança, estudaram os fatos, examinaram tudo e pesaram todas as provas. Chamamos também a ciência, e estamos convencidos de que as aparições são sobrenaturais e divinas, e que por conseqüência, o que Bernadette viu foi a Santíssima Virgem Maria. Nossas convicções são baseadas no depoimento de Bernadette, mas, sobretudo, sobre as coisas que têm acontecido, coisas que não podem ser outra coisa senão uma intervenção divina."[7]
A Igreja Católica celebra uma missa em honra de Nossa Senhora de Lourdes (memória facultativa), em muitos países, em 11 de fevereiro de cada ano - o aniversário da primeira aparição. Havia uma longa tradição de interpretar o Cântico dos Cânticos (4,7) - "Tu és toda formosa, meu amor, não há mancha em ti", como uma alegoria à Imaculada Conceição e às aparições de Lourdes, isso até a reforma litúrgica na sequência do Concílio Vaticano II.

O Santuario

O Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, é uma área com várias igrejas e outras instituições construída em torno da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, na cidade de Lourdes, França. Este terreno é propriedade administrada pela Igreja, e tem várias funções, incluindo atividades devocionais, escritórios e alojamentos para peregrinos doentes e seus ajudantes. O Santuário inclui a Gruta, torneiras próximas que dispensam a água de Lourdes, e os escritórios do departamento médico de Lourdes, bem como várias igrejas e basílicas. Compreende uma área de 51 hectares, e inclui 22 lugares distintos de culto.[8] Há seis línguas oficiais faladas no Santuário: Francês, Inglês, Italiano, Espanhol, Holandês e Alemão.
Na cultura popular
Em 1943, a história se tornou a base do filme A Canção de Bernadette. Jennifer Jones interpretou Bernadete, enquanto Linda Darnell retratou a Virgem Maria. O filme ganhou vários prêmios da Academia, incluindo um Oscar de Melhor Atriz por Jones. Na primeira cerimónia dos Globos de Ouro em 1944, Jones recebeu o prêmio de melhor atriz e o filme ganhou o Melhor Filme.

Paranaense é nomeado pelo Papa novo bispo da prelazia de Itaituba .

Foi nomeado pelo papa Bento XVI, nesta quarta-feira, 8, o reverendo frei Wilmar Santin, da Ordem dos Carmelitas, como novo bispo da prelazia de Itaituba (PA). Ele sucede a dom frei Capistrano Francisco Heim, que apresentou seu pedido de renúncia e foi aceito pelo pontífice, conforme o cânon 401.1 do Código de Direito Canônico (renuncia por idade).

Atualmente frei Wilmar é vigário das paróquias São Lázaro e Coração Imaculado de Maria e professor do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino Superior da Amazônia, em Manaus (AM).

Frei Wilmar nasceu em outubro de 1952, em Nova Londrina (PR). Foi aluno da primeira turma do Seminário São João da Cruz, da cidade de Paranavaí (PR). Em 1972 fez o noviciato em Curitiba (PR). Lá cursou Filosofia e Teologia. É mestre e doutor em História da Igreja pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma (ITA).

Em 2005 foi nomeado Prior do Colégio Internacional Santo Alberto, dos padres Carmelitas, em Roma. No ano de 2008, frei Wilmar Santin retornou ao Brasil, no qual foi designado para a nova comunidade carmelita em Manaus.

Mensagem do papa Bento XVI para o 48º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Queridos irmãos e irmãs!

O 48.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no dia 15 de Maio de 2011, IV Domingo de Páscoa, convida-nos a refletir sobre o tema: «Propor as vocações na Igreja local». Há sessenta anos, o Venerável Papa Pio XII instituiu a Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais. Depois, em muitas dioceses, foram fundadas pelos Bispos obras semelhantes, animadas por sacerdotes e leigos, correspondendo ao convite do Bom Pastor, quando, «ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão por elas, por andarem fatigadas e abatidas como ovelhas sem pastor» e disse: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Mt 9, 36-38).

A arte de promover e cuidar das vocações encontra um luminoso ponto de referência nas páginas do Evangelho, onde Jesus chama os seus discípulos para O seguir e educa-os com amor e solicitude. Objeto particular da nossa atenção é o modo como Jesus chamou os seus mais íntimos colaboradores a anunciar o Reino de Deus (cf. Lc 10, 9). Para começar, vê-se claramente que o primeiro ato foi a oração por eles: antes de os chamar, Jesus passou a noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai (cf. Lc 6, 12), numa elevação interior acima das coisas de todos os dias. A vocação dos discípulos nasce, precisamente, no diálogo íntimo de Jesus com o Pai. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são fruto, primariamente, de um contacto constante com o Deus vivo e de uma oração insistente que se eleva ao «Dono da messe» quer nas comunidades paroquiais, quer nas famílias cristãs, quer nos cenáculos vocacionais.

O Senhor, no início da sua vida pública, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar nas margens do lago da Galileia: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens» (Mt 4, 19). Mostrou-lhes a sua missão messiânica com numerosos «sinais», que indicavam o seu amor pelos homens e o dom da misericórdia do Pai; educou-os com a palavra e com a vida, de modo a estarem prontos para ser os continuadores da sua obra de salvação; por fim, «sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai» (Jo 13, 1), confiou-lhes o memorial da sua morte e ressurreição e, antes de subir ao Céu, enviou-os por todo o mundo com este mandato: «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações» (Mt 28, 19).

A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes «Segue-Me!», é exigente e exaltante: convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino, segundo a lei do Evangelho: «Se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica só ele; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24); convida-as a sair da sua vontade fechada, da sua ideia de auto-realização, para embrenhar-se noutra vontade, a de Deus, deixando-se guiar por ela; faz-lhes viver em fraternidade, que nasce desta disponibilidade total a Deus (cf. Mt 12, 49-50) e se torna o sinal distintivo da comunidade de Jesus: «O sinal por que todos vos hão-de reconhecer como meus discípulos é terdes amor uns aos outros» (Jo 13, 35).

Também hoje, o seguimento de Cristo é exigente; significa aprender a ter o olhar fixo em Jesus, a conhecê-Lo intimamente, a escutá-Lo na Palavra e a encontrá-Lo nos Sacramentos; significa aprender a conformar a própria vontade à d’Ele. Trata-se de uma verdadeira e própria escola de formação para quantos se preparam para o ministério sacerdotal e a vida consagrada, sob a orientação das autoridades eclesiásticas competentes. O Senhor não deixa de chamar, em todas as estações da vida, para partilhar a sua missão e servir a Igreja no ministério ordenado e na vida consagrada; e a Igreja «é chamada a proteger este dom, a estimá-lo e amá-lo: ela é responsável pelo nascimento e pela maturação das vocações sacerdotais» (JOÃO PAULO II, Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo vobis, 41). Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por «outras vozes» e a proposta de O seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel, deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu «sim» a Deus e à Igreja. Da minha parte, sempre os encorajo como fiz quando escrevi aos que se decidiram entrar no Seminário: «Fizestes bem [em tomar essa decisão], porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade» (Carta aos Seminaristas, 18 de Outubro de 2010).

É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo, sobretudo os adolescentes e os jovens – como Jesus fez com os discípulos – para maturarem uma amizade genuína e afetuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica; para aprenderem a escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus, através de uma familiaridade crescente com as Sagradas Escrituras; para compreenderem que entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a pessoa, mas permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmos; para viverem a gratuidade e a fraternidade nas relações com os outros, porque só abrindo-se ao amor de Deus é que se encontra a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações. «Propor as vocações na Igreja local» significa ter a coragem de indicar, através de uma pastoral vocacional atenta e adequada, este caminho exigente do seguimento de Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver toda a vida.

Dirijo-me particularmente a vós, queridos Irmãos no Episcopado. Para dar continuidade e difusão à vossa missão de salvação em Cristo, «promovam o mais possível as vocações sacerdotais e religiosas, e de modo particular as missionárias» (Decr. Christus Dominus, 15). O Senhor precisa da vossa colaboração, para que o seu chamamento possa chegar aos corações de quem Ele escolheu. Cuidadosamente escolhei os dinamizadores do Centro Diocesano de Vocações, instrumento precioso de promoção e organização da pastoral vocacional e da oração que a sustenta e garante a sua eficácia. Quero também recordar-vos, amados Irmãos Bispos, a solicitude da Igreja universal por uma distribuição equitativa dos sacerdotes no mundo. A vossa disponibilidade face a dioceses com escassez de vocações torna-se uma bênção de Deus para as vossas comunidades e constitui, para os fiéis, o testemunho de um serviço sacerdotal que se abre generosamente às necessidades da Igreja inteira.

O Concílio Vaticano II recordou, explicitamente, que o «dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover, sobretudo mediante uma vida plenamente cristã» (Decr. Optatam totius, 2). Por isso, desejo dirigir uma fraterna saudação de especial encorajamento a quantos colaboram de vários modos nas paróquias com os sacerdotes. Em particular, dirijo-me àqueles que podem oferecer a própria contribuição para a pastoral das vocações: os sacerdotes, as famílias, os catequistas, os animadores. Aos sacerdotes recomendo que sejam capazes de dar um testemunho de comunhão com o Bispo e com os outros irmãos no sacerdócio, para garantirem o húmus vital aos novos rebentos de vocações sacerdotais. Que as famílias sejam «animadas pelo espírito de fé, de caridade e piedade» (Ibid., 2), capazes de ajudar os filhos e as filhas a acolherem, com generosidade, o chamamento ao sacerdócio e à vida consagrada. Convictos da sua missão educativa, os catequistas e os animadores das associações católicas e dos movimentos eclesiais «de tal forma procurem cultivar o espírito dos adolescentes a si confiados, que eles possam sentir e seguir de bom grado a vocação divina» (Ibid., 2).

Queridos irmãos e irmãs, o vosso empenho na promoção e cuidado das vocações adquire plenitude de sentido e de eficácia pastoral, quando se realiza na unidade da Igreja e visa servir a comunhão. É por isso que todos os momentos da vida da comunidade eclesial – a catequese, os encontros de formação, a oração litúrgica, as peregrinações aos santuários – são uma ocasião preciosa para suscitar no Povo de Deus, em particular nos menores e nos jovens, o sentido de pertença à Igreja e a responsabilidade em responder, com uma opção livre e consciente, ao chamamento para o sacerdócio e a vida consagrada.

A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local. Invoquemos, com confiança e insistência, a ajuda da Virgem Maria, para que, seguindo o seu exemplo de acolhimento do plano divino da salvação e com a sua eficaz intercessão, se possa difundir no âmbito de cada comunidade a disponibilidade para dizer «sim» ao Senhor, que não cessa de chamar novos trabalhadores para a sua messe. Com estes votos, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 15 de Novembro de 2010.

BENEDICTUS PP. XVI

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Campanha da Fraternidade 2011 Pe.Alejo Vera Armas

A campanha da Fraternidade 2011.

Palavras do Pe. Alejo Vera Armas da Paroquia Jesus Cristo Operário no Conj.Semiramis Zona Norte de Londrina-Pr
A Campanha da Fraternidade (C.F) 2011 anualmente pela Igreja Católica no Brasil,coordenada pela CNBB, sempre no período da Quaresma.
O objetivo para este ano é contribuir para a conscientização das comunidades cristã e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida do planeta.
Este ano a CF, tem como tema " Fraternidade e a vida no planeta e como lema um versículo da Epistola de Paulo: " A criação geme em dores de parto", (Rm 8,22). O contexto dessa afirmação de São Paulo é a descrição da condição humana, marcada pelo pecado e, entretanto, pela graça de Cristo que introduz na experiência do Espírito Santo. A CF deste ano traz para nossa reflexão a preocupante situação do nosso planeta, nossa casa, que sofre os efeitos de uma exploração predatório de seus recursos naturais.
A afirmação de Paulo ganha força nova diante do quadro que vivemos.São Paulo afirma que " a criação foi submetida à vaidade - não por seu querer, mas por vontade daquele que a submeteu - na esperança de ela também ser liberta da escravidão da corrupção área entrar na liberdade da glória dos filhos de Deus" (8,21-11).
Não há como se dar conta que esta campanha esta ligada a Campanha de 2010, ora o fatos económico não esta relacionado à situação de nosso planeta hoje?Somos todos moradores de uma mesma casa, gostando disso ou não estamos interligados.Não há como simplesmente virar as costa e não se importar, afinal se ocorresse uma catástrofe a nível global para onde iríamos? Aquecimento global, mudanças geológicas nada mais é do que reações a nossas ações. A Campanha da Fraternidade de 2011, de maneira primorosa como sempre vem justamente nos alerta desta verdade ajudar a salvar nosso planeta nos dá a oportunidade de como uma família sentarmos juntos e elaborarmos ações para salvar a nossa casa.
Em cada catástrofe seja ela terremotos ou inundações, podemos sentir o planeta gemer, e a humanidade fazendo o mesmo, este gemido tem uma conotação de tristeza imensa.Ainda estamos em tempo hábil para reverte esta situação podemos transformar este gemidos de dor em gemidos de amor e de esperança, sim podemos iniciar um período de gestação e após este período em que nos organizaremos com ações que ajudem a preservar o meio ambiente,receberemos de volta um planeta saudável,resgataremos o planeta que nos foi dado por Deus.Esta campanha não é uma utopia e sim um alerta de que atitudes devem ser tomadas,não por uma minoria,mas por um todo,este planeta é nossa casa,precisamos ser fraterno,gerar ações que nos levem ao bem comum. E para reforça nossas Paróquias, Sociedades através da conversão individual e coletiva nesta quaresma,sugerimos para nos estimular ao amor fraterno entre irmãos e irmãs comprometidos com o Meio Ambiente, louvarmos ao Senhor como São Francisco de Assis o fez por todas as criaturas que fazem parte da vida planetária.
Que a oração em que São Francisco louva a Deus pelas criaturas, nos inspire novas a Deus pelas criaturas, nos inspire novas atitudes e nos ajude a ser transformados pelo Espírito de Deus de modo a resgatarmos atitudes de quem cultiva e cuidar do seu jardim,esta obra maravilhosa, que hoje requer socorro dos autênticos filhos de Deus, e de todos aqueles que empreendem ações sinceras e despojadas em favor do planeta.
TEXTO
Padre Alejo Vera Armas

Novo Bispo de Salvador Primaz do Brasil toma posse em Março de 2011

Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, scj, atual arcebispo de Florianópolis, será o novo arcebispo da Arquidiocese de Salvador. A cerimônia de posse deve acontecer no dia 25 de março, na Catedral Basílica, no Terreiro de Jesus, em Salvador, mas o horário ainda não foi definido.

Dom Geraldo permanece a frente da Arquidiocese de Salvador até a posse de Dom Murilo e a partir de então torna-se bispo emérito de Salvador. Com a aposentadoria, Dom Geraldo mantém as funções de cardeal, mas deixa de administrar uma diocese. Desde 2008, era aguardada a nomeação de um novo arcebispo para Salvador, pois seguindo o direito canónico, ao completar 75 anos, em outubro daquele ano, Dom Geraldo solicitou ao papa a aposentadoria.

A Arquidiocese de Salvador é a primeira diocese do Brasil e a partir dela todo o trabalho da Igreja no país foi sendo organizado. Atualmente, 15 municípios integram o território da Arquidiocese e juntos contam com uma população de mais de 3,5 milhões de pessoas de acordo com dados de 2009 do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Além da capital do estado da Bahia, integram o território da Arquidiocese o Recôncavo baiano, as ilhas e parte do Litoral Norte. O trabalho pastoral está distribuído em 112 paróquias e 4 capelanias militares.

Para animar a vida pastoral na Arquidiocese o novo arcebispo contará com a ajuda do bispo auxiliar dom Gregório Paixão, osb, cerca de 250 padres (entre diocesanos e religiosos), além de religiosas e milhares de leigos envolvidos com os movimentos eclesiais, pastorais e ações sociais.

Biografia de Dom Murilo – Catarinense de Brusque, onde nasceu a 19 de setembro de 1943, Dom Murilo teve a vocação sacerdotal despertada ainda quando criança. Em 1964 ingressou na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus e iniciou o curso de filosofia. Cinco anos depois, foi ordenado, na sua cidade natal.

O início de seu ministério pastoral foi em Taubaté, onde trabalhou na Paróquia Sagrado Coração de Jesus (1970) e fundou o Movimento Shalom, para jovens. Sua ordenação episcopal aconteceu em Brusque, no dia 28 de abril de 1985, presidida por Dom Afonso Niehues, o mesmo que o ordenara padre 15 anos antes. Escolheu como lema episcopal: “Deus caritas est” (1Jo 4,16). Em 1991, assumiu a Diocese de Ponta Grossa, PR e seis anos depois, no dia 11 de julho de 1997, assumiu a Arquidiocese de Maringá, PR. Dia 20 de fevereiro de 2002 foi nomeado Arcebispo de Florianópolis, e tomou posse no dia 27 de abril de 2002.

É autor de vários livros, escreve em revistas e jornais e tem programas na televisão, sempre com o intuito de evangelizar. Dentre as obras publicadas, destacam-se: Shalom: A Paz ao Alcance da Juventude (Loyola); O Primeiro, o Último, o Único Natal (Loyola); Com Maria, a Mãe de Jesus (Paulinas); Um mês com Maria (Paulinas); Anunciai a Boa Nova (Canção Nova).

O NOVO ARCEBISPO PRIMAZ DO BRASIL

Dom Geraldo M. Agnelo
Cardeal Arcebispo Emérito de Salvador

No dia 12 último foi publicada em Roma a aceitação do pedido de renúncia apresentado por mim ao Santo Padre Bento XVI, em conformidade com o cânon 401.1 do Código de Direito Canônico, e a nomeação do novo Arcebispo de São Salvador da Bahia, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger SCJ, transferindo-o da Arquidiocese de Florianópolis, Santa Catarina.
Dom Murilo é catarinense, de Brusque, onde nasceu a 19 de setembro de 1943. É o sexto filho de nove irmãos. Seus pais, Oscar e Olga, e quatro irmãos já faleceram. Ainda criança, sentiu o desejo de ser sacerdote.
Aos catorze anos, entrou no Seminário de Corupá-SC. Na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos). Em 1964 nessa Congregação iniciou o curso de filosofia em sua cidade natal. Os estudos de Teologia foram na cidade de Taubaté-SP. Foi ordenado sacerdote em 07.12.1969. Seu ministério sacerdotal teve início em Taubaté em 1970 onde fundou o Movimento Shalom para jovens. De 1974 a 79, foi reitor do Instituto Teológico S.C.J. de Taubaté. Em 1980, estudou Espiritualidade em Roma. Nomeado Superior Provincial de sua Congregação para o período 1981 até 1985.
Em 1985, foi nomeado pelo Papa João Paulo II Bispo Auxiliar de Florianópolis. Ordenado Bispo em Brusque dia 28.04.1985. Seu lema episcopal: “Deus caritas est” (Deus é amor”) 1Jo 4, 16. Em 1991, foi nomeado Bispo de Ponta Grossa-PR. Seis anos depois, 1997, assumiu a Arquidiocese de Maringá-Pr, onde ficou durante cinco anos. Nomeado Arcebispo de Florianópolis pelo mesmo Papa, assumiu no dia 27.04.2002. Em 2006, organizou o 16º Congresso Eucarístico Nacional.
Sua posse como Arcebispo Metropolitano de São Salvador da Bahia dar-se-á no dia 25 de março próximo.
A Diocese de São Salvador da Bahia foi criada a 25.02.1551 pela Bula Pontifícia “Super specula militantis Ecclesiae” do Papa Júlio III. A 16.11.1676, pela Bula “Inter Pastoralis Officii Curas” do Papa Inocêncio XI, foi elevada a Arquidiocese e Sede Metropolitana. Foi Diocese única do Brasil pelo espaço de cento e vinte cinco anos governada por oito Bispos. No período de Arquidiocese, de 1676 até hoje são 26 os Arcebispos que governaram. Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger será o 27° Arcebispo de Salvador. Todos levamos o título de Primaz do Brasil por ser esta sede a primeira criada no Brasil.
O Concílio Ecumênico Vaticano II acentuou o caráter fundamentalmente pastoral do Governo Diocesano, através da Cúria Diocesana, determinando assim sua finalidade última e o caráter de sua atuação. Sua organização e a articulação dos diversos serviços, conselhos e instâncias, garantirão os princípios da subsidiariedade, da comunhão e da participação. A Cúria é, pois, um instrumento de serviço do Arcebispo Metropolitano em sua tarefa de governar pastoralmente a sua Arquidiocese. Ela se constitui de pessoas e de organismos que colaboram de maneira estável e de perto com a Missão do Arcebispo.
A Cúria tem finalidades pastorais, administrativas e judiciais que lhe são próprias, de modo a fomentar a coordenação, a unidade e a comunhão na Igreja Particular, em torno do Arcebispo que a governa na fé e na caridade. Por ela o Arcebispo oferece o seu serviço único de Pastor ao Povo de Deus que lhe foi confiado.
Diante de situações variadas e complexas, a Cúria Metropolitana se estrutura articulando um grande número de organismos de modo a responder às múltiplas exigências do governo pastoral da Arquidiocese.
A Cúria se configura com os Bispos Auxiliares, Vigários Gerais, Moderador, Vigários Episcopais, territoriais e especiais, Vigário Judicial, uma Seção de Pastoral e uma Seção Administrativa.
A Coordenação Arquidiocesana de Pastoral é a instância da Cúria Metropolitana para promover, assessorar, subsidiar e acompanhar o desenvolvimento da ação evangelizadora na Arquidiocese, com a execução dos seus planos de ação pastoral no âmbito das Diretrizes Arquidiocesanas para a Ação Evangelizadora.
Agradeço a Deus pelos 77 anos de vida que me concedeu e a vocação que me deu para ser seu filho, no sacerdócio e no ministério episcopal, 12 dos quais como Arcebispo de Salvador.

O office boy.

Um homem desempregado se candidata para o cargo de “office boy” de uma grande empresa. O gerente de RH ao entrevistá-lo, pede um teste: limpar o chão. Ao final disse: “você está contratado, me dê o seu endereço de e-mail e eu lhe enviarei o aplicativo para preenchimento e avisarei quando você vai começar”. O homem respondeu: “Eu não tenho um computador, nem um e-mail”.
Lamento muito, disse o gerente de RH, se você não tem um email, significa que você não existe. Já que não existe, não pode ter o trabalho. O homem saiu sem esperança. Ele não sabia o que fazer, com apenas 10 dólares no bolso.
Ele então decidiu ir ao supermercado e comprar uma caixa de tomate de dez quilos. Ele então vendeu os tomates de porta em porta. Em menos de duas horas, tinha conseguido duplicar seu capital. Ele repetiu a operação três vezes, e voltou para casa com 60 dólares. O homem percebeu que ele podia sobreviver dessa maneira, e começou a ir todos os dias cedo e voltar tarde. Assim, o dinheiro duplica ou triplica a cada dia. Pouco tempo depois, ele comprou um carro, em seguida, um caminhão, e então ele teve a sua própria frota de veículos de entrega.
Cinco anos depois, o homem já é um dos maiores distribuidores de alimentos dos E.U.A. Nessa época ele começou a planejar o futuro de sua família, e decidiu fazer um seguro de vida.
Chamou um corretor de seguros, e escolheu um plano de proteção. Quando a conversa acabava, o corretor lhe pede o e-mail. O homem respondeu: “Eu não tenho um e-mail”. O corretor disse curiosamente: “você não tem um e-mail, e ainda assim conseguiu construir um império. Você imagina o que poderia ter sido se você tivesse um e-mail?”
O homem pensou um pouco e respondeu: office-boy!

Moral da história:
1: Internet não é a solução para sua vida.
2: Se você não tem internet e você trabalhar duro você pode ser um milionário.
3: O maior fraqueza do homem havia se tornado sua maior força.

O cavalo no poço.

Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua pequena fazenda. Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos cavalos havia caído num velho poço abandonado.
O fazendeiro foi rapidamente ao local do acidente e avaliou a situação. Certificando-se de que o animal não se machucara, mas, pela dificuldade e o alto custo de retirá-lo do fundo do poço, achou que não valeria a pena investir numa operação de resgate.
Tomou então a difícil decisão: determinou ao capataz que sacrificasse o animal, jogando terra no poço até enterrá-lo, ali mesmo.
E assim foi feito: os empregados, comandados pelo capataz, começaram a jogar terra para dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo.
Mas, à medida que a terra caía em seu dorso, o animal a sacudia e ela ia se acumulando no fundo, possibilitando ao cavalo ir subindo. Logo, os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra enchia o poço, até que finalmente, conseguiu sair.
Sabendo do caso, o fazendeiro ficou muito satisfeito e o cavalo viveu ainda muitos anos servindo ao dono da fazenda.
Se você estiver “lá embaixo”, sentindo-se pouco valorizado, quando, já certos de seu desaparecimento, os outros jogarem sobre você terra da incompreensão, da falta de oportunidades e de apoio, lembre-se desse cavalo. Não aceite a terra que cai sobre você. Sacuda-a e suba sobre ela. E, quanto mais terra, mais você vai subindo…subindo…subindo, e aprendendo a sair do poço.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A morte é nada

Ler este texto de Santo Agostinho certamente trará consolo para todos os que perderam seus entes queridos e acreditam na existência da alma e em uma vida após esta.

Veja abaixo o texto de Santo Agostinho








Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.

Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.

A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora de suas vistas?

Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho...

Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua,
linda e bela
como sempre foi.

Santo Agostinho

Problesmas pense antes de pedir que tudo resolva


"Você gostaria que todos os problemas no seu trabalho desaparecessem?
Então lembre-se de que quando os problemas acabam, as oportunidades também.
Resolver problemas foi o motivo pelo qual o contrataram"

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Eucaristia Parte VIII

Já vimos que a Eucaristia é o verdadeiro sacrifício do Novo Testamento, sacrifício do próprio Cristo, entregue por ele À sua Esposa, a Igreja, para que o ofereça em celebração até que ele volte. Veremos agora que a Eucaristia é também banquete: o Altar do sacrifício é também Mesa sagrada da refeição e da comunhão com o Senhor e os irmãos!
Antes de tudo, recordemos o Antigo Testamento que, além dos holocaustos (figuras do sacrifício que Cristo ofereceu e se torna presente em cada Eucaristia), conhecia também os sacrifícios de comunhão: aí se oferecia uma parte da vítima no altar e a outra parte era consumida num banquete pelos fiéis na presença do Senhor. O significado é belíssimo: faço refeição com o Senhor, à mesma mesa... Recordemo-nos que, para os orientais, comer à mesma mesa significa participar da mesma vida, da mesma sorte... significa ser amigos. Assim, quando os fiéis comiam à mesa do Deus de Israel, queriam exprimir a união de vida com Ele e com os outros participantes do banquete sacrifical (cf. Lv 7,11-21; 22,29-30). Tudo isto era preparação para a comunhão que o Senhor queria estabelecer conosco, uma comunhão inimaginável, estupenda: ele próprio daria seu Filho, morto e ressuscitado, pleno do Espírito Santo, como nosso alimento, como vida de nossa vida!

A Eucaristia, portanto, não somente é sacrifício, mas também banquete, aquele banquete tantas e tantas vezes anunciado pelos profetas! É importante insistir no significado do banquete: os convidados partilhavam a mesma vida (que vem do alimento e da bebida), por isso, participam da mesma alegria, da mesma intimidade, da mesma existência: na terra de Jesus só se convidava para um banquete os amigos! É por isso que o banquete é sinal de felicidade, de paz e de vida, porque é sinal de comunhão. Isso era ainda mais verdadeiro e forte no banquete dado pelo rei. Somente os altos dignitários participavam da mesa do rei. Assim, participar do banquete real era estar em comunhão com o rei, era ver a face do rei (que poucos viam no Oriente). Pois bem, tudo isso Deus nos concedeu na Eucaristia: “Minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é verdadeiramente bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,55s).

Pensemos agora um pouco: participar do banquete eucarístico é participar da Vida que o próprio Deus deu ao seu Filho ao ressuscitá-lo dos mortos. Como não pensar naquelas palavras de São João? “Deus nos deu a Vida eterna e esta Vida está em seu Filho! Quem tem o Filho, tem a Vida” (1Jo 5,11). É por isso que Jesus diz claramente: “Em verdade em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53). Eis, que mistério tão grande e tão santo! Participar do Pão e do Vinho eucarísticos é entrar em comunhão de Vida com Aquele que é Morto e Ressuscitado, com o Cordeiro eternamente imolado por nós! Participar das Espécies eucarísticas, das Coisas santas, é receber a própria Vida, aquela que Jesus recebeu na sua ressurreição, aquela Vida que estava junto do Pai e que nos apareceu (cf. 1Jo 1,2). Cada participação na Eucaristia é uma transfusão de vida eterna que recebemos, até que a consumemos na Glória!

Mas, tem mais ainda: comungar no Corpo e no Sangue do Senhor, Cabeçada Igreja, é entrar em comunhão com os irmãos que formam a Igreja. Nós somos con-corpóreos uns dos outros e somos consangüíneos uns com os outros, porque todos temos um só corpo (o Corpo de Cristo) e temos um só sangue (o Sangue de Cristo). Somos irmãos carnais, irmãos de sangue, irmãos eucarísticos! Por isso, São Paulo nos ensina: “O cálice de bênção que abençoamos não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo? Já que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, visto que todos participamos desse único pão” (1Cor 10,16s). Difícil dizer isso com palavras mais bonitas! No Banquete eucarístico acontece a comunhão entre nós e Cristo e, por ele, a comunhão entre nós, no único Espírito Santo de Cristo ressuscitado. Nunca nos esqueçamos que o Pão e o Vinho eucarísticos foram cristificados pela ação do Espírito do Ressuscitado! É por isso que a Eucaristia faz a Igreja: neste santo Banquete nos tornamos sempre mais corpo do Senhor, Igreja do Senhor!

Por tudo isso, é absolutamente incompreensível que alguém participe da Missa sem comungar! O sacrifício eucarístico tende para esta comunhão entre nós e o Cristo, que se consuma quando comungamos! Somente por razões gravíssimas devemos nos abster da comunhão. Caso contrário, temos a obrigação de amor e de sede de vida de procurar o sacramento da Penitência e nos reconciliar com Cristo e a Igreja, de modo a participar plenamente do Banquete eucarístico! Ninguém vai a um jantar e fica sem comer... Certamente, há casos em que o mais aconselhável é não receber a comunhão... Mas aí não é por desleixo ou descaso, mas por coerência e coragem de quem é maduro para assumir que está em alguma situação particularmente problemática em relação ao Evangelho. É o caso, por exemplo, dos que estão unidos em segunda união já sendo casados na Igreja e o primeiro cônjuge ainda estando vivo. Mas, que esses irmãos e irmãs não se desesperem: o Senhor também vem a eles e para eles, pois conhece a sua história e vê o seu coração. É preciso recordar que, se a Igreja está ligada aos sacramentos, o Senhor não está: ele é o Senhor dos sacramentos e pode vir com sua graça de modo desconhecido e inesperado para nós. É bom recordar também que aqui não se trata de julgar os outros ou dizer que alguém não é digno de comungar! Quem de nós é digno? Quem ousaria pensar-se digno do Senhor? A Igreja, ao invés, nos ensina a dizer, antes de cada comunhão: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada!” A regra, no entanto, é clara: o quanto possível, comungar sempre, em cada Eucaristia da qual participarmos! É o ensaio geral para o banquete eterno, quando seremos saciados eternamente da glória de Cristo.

Gostaria de terminar com as palavras emocionantes da Liturgia de São João Crisóstomo: “Ó Filho de Deus, faz-me hoje participante do teu místico Banquete. Não entregarei o teu Mistério aos teus inimigos nem te darei o beijo de Judas. Mas, como o ladrão, eu te digo: Recorda-te de mim, Senhor, quando estiveres no teu Reino!”

Textos
Pe. Sidney Fernando de Caires
Foto.Google e particulares

Eucaristia Parte VII

Já vimos vários aspectos do sacramento da Eucaristia. Há ainda muito para ser visto. É assim mesmo: quando o mistério é grande demais, nossas palavras e idéias tornam-se tão pobres para exprimi-lo!
No presente artigo, veremos que a Eucaristia é realmente o sacrifício de Cristo. Trata-se de uma convicção presente na fé da Igreja e, no entanto, foi infelizmente contestada pelos Reformadores protestantes. Vamos seguir o Catecismo da Igreja Católica.

Recordemos: Cristo instituiu a Eucaristia na véspera de seu sacrifício e num clima sacrifical: “É o meu corpo, entregue por vós; é o meu sangue por vós derramado!” Assim, na Eucaristia, é o próprio Cristo, na sua entrega, no seu sacrifício, que se oferece ao Pai por todos nós. Mas, como poder ser isso? A Carta aos Hebreus diz claramente que Jesus se ofereceu por nós uma vez por todas: “Cristo não precisa, como os sumos sacerdotes, oferecer sacrifícios a cada dia, primeiramente por seus pecados e depois pelos do povo. Ele já o fez uma vez por todas, oferecendo-se a si mesmo” (Hb 7,27). “Ele entrou uma vez por todas no Santuário, não com o sangue de bodes e de novilhos, mas com o próprio sangue, obtendo uma redenção eterna” (Hb 9,12). “Cristo (...) entrou no próprio céu, a fim de comparecer agora diante da face de Deus a nosso favor. E não foi para oferecer-se a si mesmo muitas vezes, como o Sumo Sacerdote que entra no Santuário cada ano com sangue de outrem” (Hb 9,24s). “Cristo foi oferecido uma vez por todas para tirar os pecados da multidão” (Hb 9,28b). “Somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas. De fato, com esta única oferenda, levou à perfeição, e para sempre, os que ele santifica” (Hb 10,10.14).

Como, pois, podemos afirmar que a Eucaristia celebrada continuamente pela Igreja até que o Senhor venha, é o sacrifício de Cristo? Recordemos, primeiramente, o que já foi dito sobre o memorial bíblico: este não é somente a recordação ou a repetição dos acontecimentos do passado, mas a proclamação da ação salvadora de Deus. Foi assim com a Páscoa dos judeus; assim também com a Páscoa de Cristo: cada vez que a Igreja celebra a Eucaristia, ela faz memorial do sacrifício do seu Senhor, isto é, torna-se presente sobre o Altar, na potência do Espírito Santo, que supera o tempo e o espaço, o único, irrepetível e eterno sacrifício do Senhor morto e ressuscitado! Assim, quando a Comunidade eclesial faz memorial da Páscoa do Cristo e esta se torna presente nos tempos do nosso tempo, da nossa vida, é o próprio sacrifício do Cristo oferecido uma vez por todas, sua oferta amorosa e eterna ao Pai, que permanece sempre presente e atual na nossa vida. Por isso, a Igreja ensina que toda vez que o sacrifício da cruz, com o qual Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado, é celebrado sobre o Altar, realiza-se a obra da nossa redenção. No sacrifício eucarístico, Cristo nos dá o mesmo Corpo que entregou por nós na cruz e o mesmo Sangue que derramou por todos, para a remissão dos pecados. Assim, a Eucaristia torna presente (= re-presenta) o sacrifício da cruz, pois é seu memorial. Eis o ensinamento do Concílio de Trento: “Cristo, Deus e Senhor nosso, mesmo tendo se imolado a Deus Pai uma só vez morrendo sobre o altar da cruz para realizar uma redenção eterna, porque, todavia, o seu sacerdócio não deveria extinguir-se com a morte (Hb 7,24.27), na última Ceia, na noite em que foi entregue, ele quis deixar à Igreja, sua amada Esposa, um sacrifício visível, como exige a natureza humana, com o qual fosse aquele sacrifício cruento que ele ofereceu uma vez por todas sobre a cruz, prolongando sua memória até fim do mundo (1Cor 11,23) e aplicando a sua eficácia salvífica para a remissão dos nossos pecados cotidianos”. Assim, o sacrifício da cruz e o sacrifício da Missa são um único sacrifício. Como ensina ainda o Concílio de Trento: “Trata-se, com efeito, de uma só e idêntica vítima e o mesmo Jesus se oferece pelo ministério dos sacerdotes, ele que um dia se ofereceu a si mesmo na cruz. Neste divino sacrifício, que se realiza na Missa, está contido e imolado de modo incruento o mesmo Cristo que se ofereceu uma só vez de modo cruento no altar da cruz”.

Este sacrifício, oferecido pelo Cristo ao Pai, é também sacrifício da Igreja, já que esta é Corpo de Cristo, e ele é Cabeça do Corpo eclesial. Com ele, a Igreja se oferece toda inteira ao Pai na unidade do Espírito Santo, e se une à eterna intercessão dele, que é o único mediador entre Deus e os homens. Assim, é toda a Igreja que é unida à oferta e intercessão de Cristo! E quando eu digo Igreja, refiro-me à Igreja da terra, que peregrina rumo à Pátria, à Igreja que se purifica e à Igreja da Glória, com a Virgem e todos os anjos e santos!

Veremos, no próximo tópico, que a Eucaristia é, também, banquete, é presença real de Cristo e faz a unidade da Igreja.

Eucaristia Parte VI

Veremos, agora, a estrutura da Eucaristia, isto é, como se organiza, como se desenvolve a Celebração eucarística.

Já vimos, num dos tópicos anteriores, São Justino descrevendo, no século II, a celebração. Os elementos básicos de então permanecem ainda hoje. Primeiramente, segundo antiga tradição, a missa divide-se em duas grandes partes: a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística. Na primeira parte, a Palavra de Deus é proclamada e, na homilia, interpretada à luz do Cristo Jesus, de modo a iluminar a vida dos cristãos na sua situação concreta do dia-a-dia. Após a proclamação da Palavra, pelo Credo e a Oração dos fiéis, respondemos ao Deus que nos falou. Assim termina a primeira parte da missa, toda ela centrada no ambão (a estante donde se faz as leituras e a homilia) – é a Mesa da Palavra!

A segunda parte da missa é a mais importante: a Liturgia Eucarística, cujo centro é o altar, que simboliza o próprio Cristo Jesus, pedra angular da Igreja. Nesta parte da missa, a Igreja torna presentes os quatro gestos de Jesus: ele (1) tomou o pão, (2) deu graças, (3) partiu e (4) distribuiu... e mandou que fizéssemos isso em sua memória. Vejamos como estes quatro gestos se desenrolam na celebração.

Jesus tomou o pão. Este gesto do Senhor é tornado presente na apresentação das ofertas ao Altar: pão, vinho e água, que simbolizam tudo quanto a criação e o nosso trabalho produzem e que, em nome de toda a criação, unidos ao Filho Jesus, oferecemos ao Pai na força do Espírito Santo. Neste momento também, segundo antiqüíssima tradição da Igreja, os membros da Comunidade dão suas esmolas: o que trouxe para os pobres e para a manutenção da Casa de Deus e despesas da Comunidade paroquial.

Ele deu graças (quer dizer, ele fez eucaristia = ação de graças). A Igreja torna presente este gesto do Senhor na grande oração eucarística, que vai do prefácio da missa até a doxologia (o “por Cristo, com Cristo, em Cristo”). Aí ela recorda (= faz memorial) ao Pai tudo quanto Cristo fez por nós. O celebrante, em nome de toda a Comunidade eclesial, pede ao Pai que derrame o Espírito do Cristo ressuscitado sobre o pão e o vinho para que eles, pelas palavras da consagração, sejam eucaristizados, transformando-se no corpo e no sangue do Ressuscitado – é a consagração. É importante observar que a narração da consagração não é feita à comunidade, mas ao Pai: é a ele que recorda tudo quanto o Senhor Jesus fez para nossa salvação, é diante dele, Pai de Jesus e nosso Pai, que a Igreja celebra a memória da morte e ressurreição de Cristo. É como se o celebrante dissesse: “Ó Pai, recorda-te do teu Filho Jesus. Ele, na noite em que foi entregue...” Em seguida, ainda na grande Oração eucarística, o celebrante pede pela Igreja, pelos ministros sagrados e pelo povo de Deus, pelos vivos e mortos, pelo mundo inteiro... tudo isso ao Pai, por Cristo, com Cristo e em Cristo, na unidade do Espírito Santo. E a Comunidade responde “Amém!”, deixando claro que a oração do celebrante foi oração de toda a Igreja. Assim termina a grande Eucaristia (= ação de graças), o segundo gesto de Jesus.

Aí, vem a preparação para a comunhão, com a oração do Pai-nosso. Depois, o celebrante faz memória do terceiro gesto de Cristo: ele partiu o pão. Só aí – e não antes – é que o pão deve ser fragmentado! Este gesto é muito importante, pois recorda o próprio Jesus: seus discípulos o reconheceram ao partir o pão.

Realizado tudo isto, fazemos memória do último dos gestos que o Senhor nos mandou realizar: ele deu aos seus discípulos. É a comunhão eucarística no corpo e no sangue do Senhor. É o celebrante quem, em nome de Cristo, distribui a comunhão. Ele pode ser ajudado pelos ministros ordinários da comunhão (os padres concelebrantes e os diáconos) e pelos ministros extraordinários (os acólitos instituídos pelo bispo e os outros ministros da comunhão daquela paróquia).

Pronto! Feito tudo isso em memória do Senhor, o sacerdote conclui com a oração final. Depois – e somente depois – vêm os avisos da Comunidade e o povo recebe a bênção e é despedido.

Como podemos ver, a Celebração eucarística é toda ela bíblica. Com o tempo, mudam os ritos secundários, o modo de celebrar, mas nunca a essência.

É importante observar ainda que os gestos, as palavras, os ritos, as vestes, as várias funções, tudo isso tem um significado e deve ser respeitado e bem preparado. A Eucaristia deve ser celebrada sempre num clima de respeito, de piedade e reverência. O missal, que traz o rito da missa, deve ser seguido fielmente. Nem a comunidade nem o padre que preside podem fazer alterações que desobedeçam as normas litúrgicas da Igreja ou deturpem o sentido da celebração e a sua estrutura fundamental. A Eucaristia não é propriedade do celebrante nem da comunidade, mas sim um dom concedido a toda a Igreja, para que o guarde com amor e fidelidade, respeito e devoção até que o Senhor venha.

Continuaremos ainda no próximo tópico...

Texto: Pe.Sidney Fernando de Caires
Foto: Google

Eucaristia Parte V

Nos últimos dois tópicos, vimos textos da Escritura que tratam da Eucaristia. Agora, veremos alguns textos da Igreja antiga, que mostram bem o quanto a Comunidade cristã sempre celebrou e viveu o Sacramento do corpo e do sangue do Senhor.

Santo Inácio de Antioquia, mártir de Cristo, lá pelos anos 90 do século I da era cristã, aconselhava aos Efésios: “Procurai, pois, reunir-vos com mais freqüência, para dar a Deus a ação de graças (= Eucaristia) e louvor. Porque quando vos congregais com freqüência num mesmo lugar, quebram-se as forças de Satanás”. Para o santo bispo de Antioquia, a Eucaristia, único corpo do Senhor, é sacramento (= sinal eficaz) da unidade da Igreja. Aos filadélfios, ele exortava: “Esforçai-vos, portanto, para usar uma só Eucaristia, pois uma só é a carne de nosso Senhor Jesus Cristo e um só é o cálice que nos une no seu sangue, um só altar, como um só Bispo junto com o presbitério e com os diáconos”. Sendo conduzido preso para Roma para ser jogado às feras por causa de Cristo, Santo Inácio assim escrevia aos romanos: “Não sinto prazer pela comida corruptível nem pelos deleites desta vida. Quero o pão de Deus, que é a carne de Jesus Cristo e por bebida, quero o sangue dele, o qual é a caridade incorruptível”.

Um outro belo testemunho encontra-se na Didaqué, que é o primeiro catecismo da Igreja, escrito lá pelo final do século I. Com palavras que hoje emocionam qualquer católico, o autor, no início do cristianismo, orienta os cristãos sobre o modo de celebrar o Sacramento da Missa: “No que concerne à Eucaristia, celebrai-a da seguinte maneira: primeiro sobre o cálice, dizendo: ‘Nós te damos graças (eucharistoumen = te fazemos eucaristia), nosso Pai, pela santa vinha de Davi, teu servo (= a vinha é a Igreja, Davi é o Cristo), que tu revelaste por Jesus, teu servo. A ti a glória pelos séculos! Amém’. Sobre o pão a ser fracionado: ‘Nós te agradecemos, nosso Pai, pela vida e pelo conhecimento que nos revelaste por Jesus, teu servo. A ti a glória pelos séculos. Amém. Ó Pai, da mesma maneira como este pão partido primeiro fora semeado sobre as colinas e depois recolhido para tornar-se um, assim, das extremidades da terra seja unida a tua Igreja em teu Reino!’ Ninguém coma nem beba de vossa Eucaristia, se não estiver batizado em nome do Senhor. Pois a respeito dela o Senhor disse: ‘Não deis aos cães as coisas santas!’” Observemos como neste texto a Eucaristia aparece como ação de graças ao Pai por Jesus e como o Sacramento que reúne a Igreja na unidade. Mais adiante, ainda na Didaqué, o autor recomenda: “Reuni-vos no Dia do Senhor (= Domingo, Dies Domini) para a Fração do Pão e celebrai a Eucaristia, depois de haverdes confessado vossos pecados, para que vosso sacrifício seja puro. Mas todo aquele que vive em discórdia com o outro, não se junte a vós antes de se ter reconciliado, a fim de que vosso sacrifício não seja profanado. Com efeito, deste sacrifício disse o Senhor: ‘Em todo o lugar e em todo o tempo se me oferece um sacrifício puro, porque sou um grande rei – diz o Senhor – e o meu nome é admirável entre todos os povos!’” É emocionante ver um texto do primeiro século cristão que exprime a fé da Igreja apostólica e perceber que ainda hoje, dois mil anos depois, a Igreja de Cristo permanece fiel à fé de nossos antepassados: no Domingo, os cristãos participavam da Eucaristia, sabendo que ela é o sacrifício do Senhor Jesus! Dá pena ver tantas e tantas seitas cristãs que, abandonando a fé católica, recebida desde o início, mutilaram tristemente a fé transmitida pelos Apóstolos!

Num outro artigo sobre a Eucaristia, já citei um belíssimo texto de São Justino, mártir, que lá pelo ano 155, explicava como se celebrava este Sacramento. Agora, cito ainda um texto seu. Vele a pena! “Este alimento é chamado entre nós de Eucaristia, do qual a nenhum outro é permitido participar, senão a quem crê que nossa doutrina é verdadeira e que foi purificado com o Batismo para o perdão dos pecados e para a regeneração e que vive como Cristo nos ensinou. Porque estas coisas, nós não as tomamos como pão comum nem bebida comum, mas assim como o Verbo de Deus, havendo-se encarnado em Jesus Cristo, nosso Salvador, tomou carne e sangue para nossa salvação, assim também nos foi ensinado que o alimento eucaristizado mediante a palavra da oração que vem dele... é a carne e o sangue daquele Jesus que se encarnou!” Notemos como aparece claríssima a convicção de que o pão e o vinho eucaristizados (= consagrados) são verdadeiramente corpo e sangue do Senhor!

Também Santo Irineu, o grande Bispo de Lião, na Gália do século II, tem palavras belíssimas sobre a Eucaristia. Tomemos algumas. No primeiro texto, combatendo os hereges gnósticos, que negavam a ressurreição, avós do espiritismo e da Nova Era, ele usa a Eucaristia como prova de que os mortos ressuscitam carnalmente. Eis: “Como (os hereges) podem dizer que a carne se corrompe e não participa da vida (= não ressuscita), ela que é alimentada com o corpo e sangue do Senhor? Portanto (os hereges), ou mudem de opinião ou deixem de oferecer as ditas coisas (= o pão e o vinho eucarístico, que eles ofereciam nas missas deles). Para nós, contudo, nossa crença concorda com a Eucaristia e a Eucaristia, por sua vez, confirma a nossa crença. Porque assim como o pão que é da terra, recebendo a invocação de Deus (= quando o padre impõe as mãos pedindo o Espírito Santo e pronunciando as palavras da consagração), já não é pão ordinário, mas sim Eucaristia, assim também nossos corpos, recebendo a Eucaristia, não são mais corruptíveis, mas possuem a esperança da ressurreição para sempre!” Este texto é de uma beleza e de uma profundidade impressionantes! Santo Irineu garante: nós ressuscitaremos e já recebemos a garantia da ressurreição, que é a Eucaristia. O pão, depois de consagrado, é o corpo do Senhor, é pão de vida, assim, nossa carne que recebe a carne ressuscitada de Cristo, cheia do Espírito Santo, não permanecerá na morte, mas ressuscitará, exatamente como Jesus prometera: “quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressVerificar ortografiauscitarei no último dia!” (Jo 6,54).

Ainda um texto de Santo Irineu, para fazer corar de vergonha qualquer um que julgue que nossa carne ressuscitará: “quando pois, o cálice misturado (com água) e o pão recebem o Verbo de Deus e se fazem Eucaristia, Corpo de Cristo, com o qual a substância de nossa carne aumenta e se faz, como podem dizer que nossa carne não é capaz do dom de Deus, que é a vida eterna, a carne alimentada com o corpo e o sangue do Senhor e feita membro dele?” A questão colocada aqui por Santo Irineu é clara: como é que os hereges têm coragem de dizer que nossa carne, nosso corpo, não pode ressuscitar, não pode herdar a vida eterna, se ela é alimentada com a Eucaristia? A Eucaristia é, portanto, penhor de nossa ressurreição. É por isso que nossa Mãe católica tem tanto cuidado e pede tanto aos padres que assistam os doentes às portas da morte, para que eles recebam em viático a comunhão. Aí, o padre diz ao que está morrendo: “O corpo de Cristo te guarde para a vida eterna!” Que coisa, que graça: morrer alimentando-se com a Vida que vence a morte; morrer unido – carne na carne! – Àquele que destruiu a morte! Santa Eucaristia!

Ainda continuaremos...

Texto: Pe. Sidney Fernando de Caires
Foto: Centro Espiritual Monte Carmelo
Frei Everton

Eucaristia Parte IV

No tópico passado, tivemos a oportunidade de constatar tantos textos do Novo Testamento que se referem á Eucaristia. Queremos, também no presente tópico, continuar apresentando textos bíblicos que têm sabor eucarístico.

A Tradição dos Apóstolos nos diz que Cristo desejou celebrar sua Passagem deste mundo para o Pai numa Ceia eucarística em forma de banquete pascal: “Quando chegou a hora, ele se pôs à mesa com seus apóstolos e disse-lhes: ‘Desejei ardentemente comer está Páscoa convosco antes de sofrer’” (Lc 22,14s). Para os judeus, a ceia era um acontecimento solene, sinal de comunhão, convivência e intimidade. Somente os que “con-vivem” e são amigos podem participar juntos de uma mesma mesa: partilha a mesa quem partilha a vida! A ceia, na Bíblia, é também sinal de alegria, de bênção: nela jorra o vinho que alegra o coração do homem (cf. Sl 104,15; Lc 15,23s). A ceia é ainda sinal de poder: um rei mostrava seu poder e grandeza pela duração dos banquetes que patrocinava (cf. Est 1,5). Quantas vezes em tantos momentos importantes da Escritura, a ceia aparece e, com ela, o pão e o vinho! Recordemos alguns, mais significativos: “Ao voltar, depois da vitória contra Codorlaomor e os Reis que com ele estavam, saiu-lhe ao encontro o rei de Sodoma no vale de Save, que é o vale do rei. Melquisedec, rei de Salém, trouxe pão e vinho e, como sacerdote de Deus Altíssimo, abençoou Abrão, dizendo: ‘Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, Criador do céu e da terra. Bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os inimigos em tuas mãos’. E Abrão lhe deu o dízimo de tudo” (Gn 14,17-20). Outro texto é aquele de Ex 12,1-20, que nos apresenta o sacrifício e o banquete pascal. Um momento central na história de Israel! Um texto, também do Êxodo, ligado a este que citei, é 24,9-11: “Moisés subiu com Aarão, Nadab e Abiú e setenta anciãos de Israel, e eles viram o Deus de Israel. Debaixo dos pés havia uma espécie de pavimento de ladrilhos de safira, límpidos como o próprio céu. Ele não estendeu a mão contra os israelitas escolhidos; eles puderam contemplar a Deus e depois comeram e beberam”. Os líderes de Israel comeram na presença do Senhor: trata-se aqui de um sacrifício de comunhão, um sacrifício em forma de banquete! É como se Deus e o homem comessem à mesma mesa, participassem da mesma vida! Pensemos ainda no dom do maná (cf. Ex 16) ou no belíssimo texto da ceia da Sabedoria (e sabemos que a Sabedoria de Deus é Cristo Jesus – cf. Lc 7,35; 1Cor 1,24). Vamos ao texto sobre a Sabedoria: “A Sabedoria construiu sua casa, talhou suas sete colunas. Matou suas restes e misturou seu vinho e pôs a mesa. Enviou suas criadas para fazerem o convite, dos pontos mais altos da cidade: ‘Quem for simples venha a mim!’ Ao insensato ela diz: ‘Vinde comer do meu pão e beber do vinho que misturei. Deixai a insensatez e vivereis, segui o caminho da prudência!’” (Pr 9,1-6). Agora, voltemos ainda um pouco ao Novo Testamento: Jesus compara o Reino de Deus a um banquete (cf. Lc 25,6-8); por isso tantas vezes refere-se a banquete de núpcias (cf. Mt 22,1-14), banquete no qual ele mesmo nos servirá (cf. Lc 12,35-37) e do qual a humanidade toda haverá de participar um dia (cf. Lc 13,22-29). Segundo o Evangelho, é feliz quem tomar parte desse banquete (cf. Lc 14,15-24). Por isso mesmo, como já disse no tópico passado, Jesus começou seus sinais num banquete nupcial (cf. Jo 2,1-12) e termina, no Apocalipse, batendo à nossa porta para cear conosco (cf. Ap 7,20).

Tudo isso são marcas da Eucaristia! Tudo isso conduz à Eucaristia! Ela é a ceia que nos torna presente o sacrifício de Cristo que se dá no pão e no vinho, ela é comunhão com o próprio Deus no seu filho Jesus, ela é antecipação do banquete do fim dos tempos, ela é já um gostinho do céu!

Vamos ainda continuar...

Fontes
Texto: Pe. Sidney Fernando de Caíres
Foto: Pe.Valter Dinis
(Foto em homenagem ao Pe.Sebastião Benedito de Sousa que é um exemplo em vida a serviço da Eucaristia.)

Eucaristia Parte III

Já vimos, de modo geral, o que é a Eucaristia. Vimos também os vários nomes que são dados a este Sacramento e seus vários significados. Agora vejamos como ele está presente na Sagrada Escritura.

Já durante o seu ministério público, o Senhor Jesus foi dando indicações daquilo que depois seria este santo Sacramento. Vejamos algumas, mais significativas.

Primeiramente dois sinais particularmente importantes, realizados pelo Senhor: ele transformou água em vinho e multiplicou os pães. Mais ainda: várias vezes comparou o Reino de Deus a um banquete. Sobretudo em Jo 6,51ss, as palavras de Cristo são bem claras: “Eu sou o pão descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo. Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem em ao beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, pois minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é verdadeiramente bebida. Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que come de mim, viverá por mim”. O texto não permite pensar em metáforas; trata-se, ao invés, de algo real, concreto: o pão e o vinho eucarísticos são, realmente, o corpo e o sangue do Senhor. Por isso mesmo, os evangelhos, quando narram a multiplicação dos pães, usam sempre as mesmas palavras para indicar os gestos de Jesus na Última Ceia: ele tomou o pão, deu graças, partiu e distribuiu (cf. Mt 14,13-21; Lc 9,10-17; Jo 6,1-13; Mc 8,1-10). A Eucaristia, já preparada pelo Cristo, foi por ele instituída na Última Ceia: aí o Senhor deu à Igreja o mandamento do amor – ele mesmo, que nos amou até o extremo da cruze da sepultura e se colocou como modelo e medida do amor. E para deixar o sacramento, o penhor desse amor mais forte que a morte, instituiu a Eucaristia como memorial de sua morte e ressurreição, de sua entrega amorosa, pascal! Assim, no momento de fazer sua Passagem (= Páscoa) do mundo para o Pai através de sua entrega de amor na cruz, o Cristo Jesus deixou para a sua Igreja o sacramento de sua Páscoa de amor: o sacrifício eucarístico! Cumpriu-se, assim, a Páscoa dos judeus, que era memorial da passagem da escravidão de morte no Egito para uma libertação de vida na Terra Prometida. Jesus deu à Páscoa dos judeus seu significado definitivo: a nova Páscoa, Páscoa de Jesus, foi antecipada na Ceia, é continuamente celebrada na Eucaristia, que leva a cumprimento a Páscoa judaica e antecipa a Páscoa final da Igreja, quando passaremos deste mundo para o Pai com Jesus e por causa de Jesus.

É interessante observar já aqui que a instituição da Eucaristia por Cristo dá-se no contexto, no clima, de entrega e sacrifício de sua vida: “É o meu corpo, que será entregue; é o meu sangue, que será derramado”... Finalmente, o Senhor ordena que a Igreja celebre o seu gesto até que ele venha (cf. 1Cor 11,26). Foi isto que a Igreja sempre fez ao celebrar a Eucaristia. O Novo Testamento nos dá muitíssimos exemplos disso. Desde o início, a Igreja foi fiel à Fração do Pão (cf. At 2,42.46). Sobretudo no primeiro dia da semana, aquele dia que o Apocalipse chama já de Dia do Senhor (cf. 1,10), os cristãos se reuniam para partir o pão: “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos para a Fração do Pão, Paulo entretinha-se com eles...” (At 20,7). Este texto é importante. Aqui aparece a Celebração eucarística aos domingos, logo no início do cristianismo. Aquilo que a Igreja faz hoje – celebrar dominicalmente a Eucaristia -, sempre fez, desde a época apostólica, por ordem do Senhor Jesus! Assim, como diz o Catecismo da Igreja, “de celebração em celebração, anunciando o mistério pascal de Jesus, ‘até que ele venha’ (1Cor 11,26), o Povo de Deus avança, caminhando pela estrada da cruz, rumo ao banquete celeste, quando todos os eleitos haverão de sentar-se à mesa do Reino” (n. 1344).

Para ilustrar o que dissemos, baste-nos, por agora, o profundo texto de São Paulo, em sua primeira Epístola aos Coríntios: “Eu mesmo recebi do Senhor o que vos transmiti: na noite em que foi entregue o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória (= memorial) de mim’. Do mesmo modo, após a ceia, também tomou o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova Aliança em meu sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória (= memorial) de mim’. Todas as vezes, pois, que comeis desse pão e bebeis desse cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha” (1Cor 11,23-26). Um pouco mais tarde, lá pelo ano 155, São Justino, mártir cristão, explicaria ao Imperador romano, Antonino Pio: “No dia chamado ‘do Sol’ (= é o domingo cristão), reúnem-se todos juntos, habitantes das cidades e dos campos. São lidas as memórias dos Apóstolos (= nossos evangelhos atuais e os outros livros do Novo Testamento) e os escritos dos profetas (= o Antigo Testamento), tanto quanto o tempo permite. Depois, quando o leitor termina, aquele que preside nos admoesta e nos exorta a imitar esses bons exemplos. Depois, todos juntos, nos colocamos em pé e elevamos orações seja por nós mesmos, seja por todos os outros, onde quer que se encontrem... Terminadas as orações (= oração dos fiéis), saudamos uns aos outros com um beijo. Depois, são trazidos àquele que preside um pão e um cálice de água e vinho. Ele os toma e eleva o louvor e glória ao Pai do universo em nome do Filho e do Espírito Santo e faz uma ação de graças (= em grego, ‘Eucaristia’. É a atual Oração eucarística) para que esses dons sejam dignos de Deus. Quando ele termina as orações e a ação de graças (= a Oração eucarística), todo o povo presente aclama: ‘Amém’. Depois que o que preside fez a ação de graças e todo o povo aclamou, aqueles que nós chamamos diáconos distribuem a cada um dos presentes o pão e o vinho com água ‘eucaristizados’ e os levam aos ausentes...”

Que coisa linda! Dois mil anos se passaram e a Igreja de Cristo, fidelíssima à Tradição Apostólica, continua fazendo o que sempre fez: celebrando a Eucaristia até que venha o seu Senhor!

Santa Tereza de Ávila (1515-1582)


Dos Escritos de Santa Teresa de Ávila (1515-1582), religiosa, doutora da Igreja:

Usufruía certo dia, estando recolhida, desta companhia que tenho sempre na alma; e pareceu-me que Deus aí Se encontrava, de tal maneira que me recordei daquelas palavras de São Pedro: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16), porque Deus estava realmente vivo em mim.

Esta tomada de consciência não se assemelhava às outras, pois elevava o poder da fé; não se pode duvidar de que a Trindade está na nossa alma com uma presença especial, com o Seu poder e a Sua essência. Espantada por ver tão alta Majestade em criatura tão vil como a minha alma, ouvi estas palavras: «A tua alma não é vil, minha filha, porque foi feita à Minha imagem» (cf. Gn 1,27).

Noutro dia, meditava nesta presença das três Pessoas divinas em mim, e a luz era de tal maneira viva, que não havia dúvida de que ali estava o Deus vivo, o Deus verdadeiro.

Pensei na amargura desta vida, que nos impede de estar sempre em tão admirável companhia e o Senhor disse-me: «Minha filha, depois desta vida não poderás servir-Me como agora. Por isso, quer comas, quer durmas, quer faças outra coisa qualquer, faz tudo por Mim, como se já não te tivesses a ti, mas só a Mim em ti, como proclamou São Paulo (cf. Gl 2,20)».

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Oração por Londrina-Pr

Minha Oração a Jesus na Eucaristia hoje é pela Cidade de Londrina. Te Amo Muito Londrina


Senhor Jesus,Vós que um dia rezaste por vossa cidade de Jerusalém, ensinai-me, também, a rezar pela cidade de Londrina, para que seja a cidade com a qual Deus Sonha e o Povo precisa.

Senhor,o nome de Londrina recorda-me a antiga Londres e isto me faz lembrar que minha cidade precisa ter uma pouco dos valores que marcaram as grandes cidades do mundo.Peço, então, que Londrina tenha um pouco da cultura de Paris, da musicalidade de Viena, da neutralidade de Genebra,da beleza do Rio de Janeiro, da laboriosidade de São Paulo, do civismo de Brasília, da arte de Ouro Preto, da mística de Calcutá, da poesia de Assis e da religiosidade de Aparecida e Roma.

Senhor,andado pelas ruas de Londrina, com suas praças, museus, Igrejas, edifícios públicos, escolas e Universidades,Hospitais,cemitérios,indústrias, casas comerciais e lares ricos e pobres, como um bom cidadão, que eu saiba respeitar e continuar a historia dos pioneiros,cultivar os valores da educação,defender a harmonia dos lares, lutar contra a violência das drogas e da insegurança,apoiando a defesa dos direitos humanos, civis, sociais morais e religiosos.

Senhor ensinastes a vosso servo Francisco de Assis rezar contemplando na própria natureza o irmão sol, a irmã lua e o irmão fogo,fazei que eu, também,vos encontre na irmã agua do lago Igapó, na arquitetura da nossa querida Catedral e das igrejas,nos passeios alegres do Zerão, no corre-corre da Rodoviária e dos terminais, nas asas dos aviões do aeroporto, nos templos do saber que são as universidade, naquele Jardim florido,se dos três poderes da prefeitura,câmara e o fórum, mas, sobretudo, no sorriso das crianças e jovens,no amor dos esposos,nos conselhos sábios dos anciãos e na sacralidade dos lares,onde verdadeiramente se contrói a grandeza moral de nossa cidade.

Senhor Jesus, o livro sagrado da bíblia nos adverte que não só rezaste pela cidade de Jerusalém, mas também denunciastes seus pecados e choraste sobre ela, quando a cidade santa caiu na corrupção social, imitando os maus costume de Sodoma, Gomorra e Babilónia.

Por isso,Senhor,ajuda-me como membro dos movimentos pela moralidade e cidadania para que eu também lamente e denuncia as falhas e pecados de nossa cidade e de seus cidadãos, a saber: o egoísmo de tantos corações, a corrupção em tantos lugares, as injustiça nas relações de trabalho, a falta de união em tantos lares a ausência de amor entre pais e filhos e falta de fé em Cristo e no seu Evangelho.

Mas, por outro lado, a Bíblia com esperança recorda tantos belos exemplos de convenções de pessoas e cidades, tais como: Nínive, Roma e Jerusalém, pois acredita que no coração de todo homem e de toda mulher existe uma chama e uma reserva de conversão à justiça, à bondade, ao perdão e ao amor.


Amém.


+ Em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo desça sobre nos Amem.

Histórias contadas pelo Papa Joao Paulo I

O Papa João Paulo I cultivava o hábito de contar sugestivas histórias,quebrando as barreiras da formalidade ( caractéristicas conhecida por nós através de um grande evangelizador que conduziu a Arquidiocese de Londrina).
Algumas desta histórias foram selecionadas por ser secretario particular e relatadas em um livro,recentemente relançados na cidade do Vaticano-Roma-Itália,ilustrados com narrativas como a que se segue abaixo:
"Um protestante entrou numa Igreja Católica com sua filha pequena. Em vez de olhar as pinturas, a menina foi atraída pela lampadinha vermelha próximo ao Sacrário.Ela, então perguntou: - Papai, por que lá tem aquela lampadinha vermelha?
Por que os católicos acreditam que dentro daquele armarinho está jesus sob a forma de pão consagrado. A lâmpada lembra a todos a Sua Presença.
Uma semana depois, pai e filha entraram na sua igreja para o culto. A menina olhou em volta, e depois perguntou puxou o paletó do pai;
-Papai, por que aqui não tem lampadinha vermelha?
-Para nós, protestante, aqui não tem Jesus,minha filha!
A menina fez uma cara séria, triste e pegando pela mão do pai,disse:
-Papai, vamos para uma Igreja onde tem Jesus!!!.."
O Papa João Paulo I foi papa por apenas 33 dias durante o ano de 1978.Foi sucedido por João Paulo II que permaneceu no trono de São Pedro por mais 26 anos e foi sucedido pelo atual Papa Bento XVI.



Santo Agostinho

Tarde Vos amei,
ó Beleza tão antiga e tão nova,
tarde Vos amei!
Eis que habitáveis dentro de mim,
e eu,lá fora, a procura-Vos!
Disforme, lançava-me sobre estas formosura que criastes.
Estáveis-me longe de Vós
aquilo que não existiria,
se não existisse em Vós.
Porém, chamastes-me,
que rompestes a minha Surdez!
Brilhastes, cintilastes,
e logo afugentastes a minha cegueira!
Exalastes Perfume:
respirei-o, a plenos pulmões, suspirando por Vós.
Tocastes-me e ardi, no desejo da Vossa Paz".


Santo Agostinho

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Campanha da Fraternidade 2011



Irmãos e Irmãs,vamos entrar no tempo da quaresma,ouvindo um convite especial do Senhor."Convertei-vos! O reino de Deus está no meio de vós." Convite feito na quarta-feira de cinzas para a festa da vigília Pascal,no sábado santo,na celebração solene e bela da Pascoa,memoria da nossa Fé,centro do ano Litúrgico e da historia da humanidade.Toda festa que se preze,merece uma boa e prolongada preparação.Não podia ser diferente a preparação da festa da Páscoa.São quarenta dias,que com o tempo ,receberam o nome de QUARESMA.

Quaresma,Tempo abençoado e privilegiado na vida da igreja de conversão e purificação do Senhor.
Tempo de abrir o coração para o Evangelho, tendo como centro a cruz de Cristo sinal de salvação e reconciliação da humanidade.
Tempo de renovação da Aliança,de revitalização das promessas do Batismo e inserção consciente.
Tempo de envolver-se de corpo e alma na libertação das pessoas excluídas e oprimidas,vitimas e descaso com a vida.
Tempo de deixarmos acolher e tocar pela misericordia do Senhor.
Tempo de resssiscitarmos com Cristo e nos colocarmos a serviço do seu reino.

Ao longo não só da Quaresma de 2011, mas toda a nossa vida, somos convocados a refletir, rezar e agir diante desta campanha da Fraternidade que traz como tema: "Fraternidade e vida no planeta e como lema: "A criação geme em dores de parto"( Rm8,22). Nos nossos grupos Bíblicos de reflexão,contemplaremos todas as formas de vida presentes em nosso planeta, como expressão do amor generoso do Senhor, Deus da vida. E como Cristão somos convidados a cuidar melhor desses Planeta,criador por Deus para ser nossa casa.Quaresma...caminho...preparação para ...Feliz Páscoa do Senhor para todos!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Santa Tereza

Santa Teresa de Jesus,nascida no século XVI, um dos vértices da espiritualidade crista todos os tempos,e deu inicio,junto com São João da Cruz, e Ordem dos Carmelitas descalços.Apesar de não possuir uma formação académica,sempre soube se alimentar dos ensinamentos de teólogos literato e mestres espirituais.Suas principais obras são:<>.Entre os elementos essenciais da sua espiritualidade,podemos destacar,em primeiro lugar,as virtudes evangélicas,base de toda a vida crista e humana.Depois,Santa Teresa insiste na importância da oração,entendida como relação de amizade com aquele que lhe era muito caro,ensina que a vida crista e uma relação pessoal com Jesus a qual culmina na união com ele pela graça,pelo amor e pela imitação.Por fim ,esta a perfeição,aspiração e meta de toda vida crista.realizada na inabitacao da Santíssima Trindade,na união com Cristo através do mistério da sua humildade
Dou as boas vindas a todos os peregrinos de língua portuguesa,presentes nesta Audiência!Que o exemplo e a intercessão de Santa Teresa de Jesus vos ajudem a ser,através da oração e da caridade aos irmãos,testemunhas incansaveis de
Deus em uma sociedade carente de valores espirituais.Com este votos,de bom grado,a todos abençoo.
Deus abençoe sempre a todos vocês

Eucaristia Parte 2

No tópico passado de nossa séria sobre a Eucaristia, começamos a ver vários nomes dados a esse Sacramento e seus significados respectivos. Continuemos ainda.

A Eucaristia é chamada também de "Memorial" da Paixão e Ressurreição do Senhor. Vale a pena compreender bem o sentido da palavra "memorial". Ela não significa simplesmente recordação ou memória. Nas escrituras, passada uma vez por todas presente,por gestos,símbolos e palavras, um fato acontecido no passado uma vez por todas. Por exemplo: uma vez por ano,os judeus celebravam e celebram ainda hoje a Páscoa, memorial da saída do Egito. Pois bem, eles,nessa celebração, não somente recordam a passagem da escravidão para liberdade, mas tinham e tem a consciência que, participando da celebração, participam realmente da própria libertação que Deus operara. Tanto isso é verdade que ainda hoje, o pai de família judeu, aquele que preside à celebração, diz assim: "Em toda geração, cada um deve considerar-se como se tivesse pessoalmente saído do Egito, como está escrito: "Explicarás então a teu filho:isto é em memoria do que O SENHOR FEZ POR MIM, quando SAÍ DO EGITO'. Portando, é nossos dever agradecer, honrar e louvar, glorificar, celebrar,enaltecer, consagrar, exaltar e adorar a quem realizou todos esses milagres por nossos pais e para nós mesmo. Ele nos conduziu da escravidão á liberdade, do sofrimento a alegria, da desolação a dias festivos, da escuridão a uma grande claridade e do cativeiro a redenção". E, depois, acrescenta: "Bendito sejas tu, Adonai, nossos Deus, rei do universo, que nos redimiste, liberdade nossos pais do Egito, e nos permitiste viver esta noite para participar do Cordeiro, do pão ázimo e das ervas amargas". Ora, é exatamente isso que a Eucaristia é: memorial da Páscoa do Senhor Jesus. Quando nós a celebramos, torna-se presente no nossos hoje, na nossa vida, na nossa situação, tudo quando Jesus fez por nós,que alcança seu cume na sua morte e ressurreição. Deste modo, a Páscoa do Senhor está sempre presente e atuante na nossa vida e, através de glorificar, celebrar, enaltecer, consagrar, exaltar e adorar a ti, Adonai, Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo!"


Então, assim sendo, sendo, não é um ideia muito exata afirma que a missa é a repetição ou a renovação do sacrifício envelhecido. Em cada missa torna-se presente, atuante, o único sacrifício pascal do Senhor, memorial de sua encarnação, de sua vida humana, de sua paixão, morte e ressurreição, de sua ascensão ao Pai e do dom do Espírito que ele nos fez!


Outra denominação para a Missa é “Santo Sacrifício”. Isto porque, como já dissemos, ela torna presente, “presentifica”, o único e irrepetível sacrifício do Cristo salvador; sacrifício que o Senhor Jesus deu à sua Igreja para que ela o ofereça até que ele venha em sua Glória. Por isso mesmo, é chamado de sacrifício de louvor, sacrifício espiritual (porque oferecido na força do Espírito Santo), sacrifício puro e santo (porque sacrifício do próprio Cristo Jesus). Este santo sacrifício da Missa leva à plenitude todos os sacrifícios de todas as religiões e, particularmente, aqueles do Antigo Testamento. Podemos até recordar as palavras da profecia de Malaquias, na qual Deus prometia a Israel um sacrifício perfeito ao seu nome: “Sim, do levantar do sol ao seu poente o meu nome será grande entre as nações, e em todo lugar será oferecido ao meu nome um sacrifício de incenso e uma oferenda pura” (1,11). Cristo, com seu sacrifício único e irrepetível, que entregou à sua Igreja para celebrá-lo até que ele venha, ofereceu este sacrifício, cumprindo a profecia



Ainda um outro nome para a Missa "Santa e Divina Liturgia".São os católicos orientais que gostam mais de denominar assim a Eucaristia.Chamam-na "Liturgia"porque toda liturgia da igreja(todas as suas celebrações),encontra seu centro,sua fonte,seu cume e sua mais densa expressão na celebração Eucaristia.è no mesmo sentido que chamamos a Missa de "Santos Mistérios"."Mistério",falando teologicamente,são os sacramentos,são os gesto e palavras pelas quais a salvação chega até nós.Ora,o Mistério da Eucaristia é o canal privilegiado pela qual entramos em contato com a graça advida da Páscoa do Cristo Jesus!


"Comunhão" - eis aqui outro nome dado à Eucaristia,Nome belíssimo! è chamada assim porque nela nos unimos a Cristo,que nos faz cada vez mais membros do seu Corpo e,assim,membros uns dos outros - pois o Corpo de Cristo é a Igreja,que somos nós.Comungando o corpo do Senhor,entramos em comunhão com Cristo e,em Cristo,pleno do Santo Espírito,entramos em comunhão uns com os outros.


Outra expressão,também cara aos nossos irmão católica orientais,é "Coisas Santas".Coisas Santas são o comungando as Coisas Santas,entramos em comunhão uns com os outros em Cristo,tornamos membros da Comunhão dos Santos,que é a Igreja,e comprometemos a viver tal comunhão na vida de cada dia,como comunhão de vida,pela solidariedade,pela partilha,pelo amor fraterno.


Finalmente,o termo mais popular entre nós: "Missa".Esta palavra foi adotada na Idade Média e vem do Latim "misso" (=missão,envio).Recorda a despedida da Celebração eucarística: "Ite,missa este" É este "ide!" que exprime a missão (= missio) de quem participa da Eucaristia. Celebração,fosse-nos dito:agora que vocês partiram do Corpo e do Sangue do Ressuscitado,vão pelo mundo e testemunhem sua vitoria.Ele esta vivo!





Vocês,que comeram e beberam com ele,serão testemunhas disso ate os confins da terra!





Abençoe Deus todo poderoso + Em nome do Pai,Do Filho e Do Espírito Santo.Amém

São Tarciso Rogai-por nos





Ate a proxima na Eucaristia parte 3 fonte de Vida para eternidade